O Qutub Minar, em Délhi, é um marco emblemático do início do domínio muçulmano na Índia e um dos mais icônicas “Torres da Vitória”do mundo islâmico.
É o maior minarete de tijolos do mundo, com 73 metros de altura. Os primeiros três andares são de arenito vermelho; o quarto e o quinto andares, de mármore branco.
Na base da torre fica Quwwat-ul-Islam, a primeira mesquita erguida na Índia.
Fotografar no Qutub Minar foi uma imersão num universo de memórias que vencem o tempo e civilizações – e que simbolizam a vida dos indianos e da comunidade muçulmana.
O minarete foi erguido em 1193 por Qutub-ud-din Aibak, após a derrota do último rei hindu de Delhi. O monumento está na lista de Patrimônio Mundial da Unesco.
O Forte Vermelho é uma extraordinária fortaleza de arenito do século XVI. Fica a 2,5 quilômetros a noroeste do Taj Mahal. Foi construída para abrigar o Império Munghal, quando Agra foi a capital do poder indiano. O complexo abriga mesquitas e palácios, com muros de até 20 metros de altura.
A Mina Masjid, toda em mármore branco, foi usada por Shah Jahan, o quinto imperador munghal da Índia. Foi ele quem mandou erguer o Taj Mahal – considerada a mais perfeita construção da civilização humana, em homenagem a Mantaz Mahal, a mais amada de suas esposas.
No Palácio Khas Mahal ficavam os aposentos das princesas Jahanara e Roshanara, filas de Shah Jahan e Mantaz Mahal, a preferida do palácio.
Escolhi um fim de tarde para fotografar no Forte Vermelho – uma das experiências mais enriquecedoras em minha trajetória como fotógrafo – diante da riqueza de detalhes no Jahangiri Mahal com seus arcos muçulmanos e símbolos do islamismo, hinduísmo e judaísmo.
A expressão da genialidade humana. A simetria perfeita. Arte criativa de persas, islâmicos e indianos! E eu estava lá, diante de um legado universal.
O Taj Mahal foi erguido no século XVII, por ordem do Imperador Shah Jahan, pra homenagear a sua mulher Mumtaz Mahal, que morreu durante o parto do décimo quarto filho do casal. Se tornou reconhecido como a maior prova de amor do mundo.
Pra mim, a viagem até Agra, distante pouco mais de três horas de Dhéli, a capital indiana, foi muito mais que uma experiência emocional: a oportunidade de fotografar um dos patrimônios mundiais mais admirados do mundo, reconhecido pelo valor universal, pela UNESCO.
Como fotógrafo, a possibilidade de capturar a essência intangível do monumento com uma visão sensível e minimalista. O silêncio poético que envolve o Taj Mahal. Seja na decoração de ambientes sofisticados ou em série de fotografias finearts, o Taj Mahal tem o poder de transformar espaços e tocar a alma – de quem -, como eu, ainda que por uma algumas horas pude contemplar o poder da criação humana.
As revoadas ao entardecer enchem de cores os manguezais amazônicos, na costa norte do Maranhão. É um ritual. Os guarás passam os dias se alimentando pelas reentrâncias e retornam, no finzinho de tarde, para os poleiros.
A costa amazônica, que se estende do Maranhão, até o Amapá, tem a maior floresta continua de manguezais do planeta. Um bioma de uma diversidade incrível e única. Um imenso viveiro de aves, peixes, moluscos e crustáceos, de valor ecológico cada vez maior, e necessário, no enfrentamento da crise climática. Os manguezais dominam as áreas de transição entre o ambiente marinho e o continente. Crescem sobre um emaranhado de raízes suspensas, e agem como se fossem uma imensa esponja protetora que absorve o impacto das correntes marinhas sobre a costa.
Uma gigantesca floresta de manguezais domina as Reentrâncias Maranhenses, uma unidade de conservação ambiental de uso sustentável da natureza, com 2 milhões, 631 mil e 260 ha. reconhecida como área úmida de importância global. Os sítios úmidos abrigam 40 por cento das espécies de todo o mundo e são fonte de alimento e água para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo.
Amazônia Maranhense
Uma imersão pelas florestas suspensas, no norte do Maranhão, é sempre uma experiência indescritível. A solidão tranquila dos igarapés, a brisa nas enseadas… a vida pulsando nos manguezais. O bom dia sincero dos nativos – gente em harmonia com um mundo onde a natureza é soberana!
Uma imersão de quatro dias e três noites seguindo a pé quarenta e dois quilômetros na zona primitiva do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Nordeste do Brasil. Fotografar na imensidão, que se estende pelo infinito, é uma das experiências mais incríveis e possíveis ao explorar uma das regiões mais remotas do planeta.
As trilhas cruzam regiões de areia movediça e oásis cheios de verde, no meio da imensidão branca. As rotas são planejadas para combinar caminhadas, relaxamento e instantes de pura contemplação.
Na estação dos ventos, as dunas se movem até dez centímetros por dia, rugindo rumo ao continente. Natureza Viva!
Entardecer na zona primitiva do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.As Lagoas naturais no Parque Nacional dos Lençóis se formam na estação das chuvas!
O voo das araras hipnotiza – pelas cores e pela elegância nos céus do cerrado brasileiro. As revoadas ao amanhecer e no finzinho das tardes iluminam e cativam o olhar. Inquietas, alegres, afetuosas. Ainda mais na temporada de reprodução, entre dezembro e maio, quando os casais estão cuidando dos ninho. A arara-canindé, no centro-oeste do Brasil, nidifica em buracos abertos no tronco de palmeiras mortas, entre 15 e vinte e cinco metros de altura. O tempo de incubação dos ovos – em média dois -, é de 24 a 26 dias.
É sempre um encontro com a liberdade uma expedição para fotografar as araras. As cores da plumagem, em contraste com o azul do céu, a evolução durante os voos, as atividades cheias de sedução. A construção solidária dos ninhos pelos casais.
A arara-canindé, assim como a arara-vermelha, não é uma espécie considerada ameaçada de extinção, embora seja alvo constante de contrabando de fauna silvestre, e por isso está classificada como em perigo, em várias regiões do país, devido ao comércio clandestino criminoso e em razão da degradação em seu habitat natural, sobretudo as florestas tropicais: Amazônica, Mata Atlântica e Pantanal.